domingo, 9 de fevereiro de 2014

O Vinho de Colares

O vinho de Colares é um dos produtos de Sintra de grande importância e reconhecimento a nível nacional e internacional.

S/data; Lito Maia Pôrto; 1190 x 895 mm

A cultura da vinha na região de Colares é muito antiga, sendo as primeiras referências conhecidas o título de doação do reguengo (propriedade real) de Colares feito por D. Afonso III em 1255 a Pedro Miguel e sua mulher Maria Estevão, no qual era expressamente mencionada a obrigação de plantar vinha.

A partir dessa data muitos outros documentos comprovam a importância do vinho de Colares como, por exemplo, as relações de carregamento das naus destinadas à Índia, que referem ser este um dos vinhos nelas transportado e muito apreciado na altura.

No século XIX outro facto vem impulsionar a cultura da vinha na região de Colares: quando da invasão da filoxera verificara em 1865, as vinhas de Colares foram das poucas do país onde não se fizeram sentir os efeitos devastadores do insecto dada a natureza arenosa dos solos onde estão implantadas.

Até meados do século XX o vinho de Colares era o primeiro dos vinhos de mesa do país e a região vitivinícola de Colares a mais conhecida e prestigiada região demarcada portuguesa.

A região foi demarcada por lei em 1908. A Adega Regional de Colares, no Banzão, foi criada em 1931, sendo aí produzido todo o vinho comercializado sob a denominação de "Colares".

A região vitivinícola de Colares compreende toda a área das freguesias de Colares e os terrenos de areias soltas das ex- freguesias de S. João das Lampas e S. Martinho.

A zona com maior implantação de vinha e que melhor qualidade produz é a de areias e dunas da margem direita da Ribeira de Colares, englobando as povoações de Banzão, Mucifal, Janas Fontanelas e Azenhas do Mas. As duas outras manchas de areias produtoras situam-se a nordeste de Almoçageme e a norte de Fontanelas. Os terrenos destas zonas recebem a designação de "chão de areia"; os terrenos não-arenosos da freguesia de Colares onde está implantada a vinha designam-se de "chão rijo".

Um desdobrável de 1959:






Um cartaz, também de 1959:

20.000 ex. – 1 – 959; Lito Of. Artistas Reunidos – Porto; assinado: Mário Costa; 985 x 690 mm


E de seguida a Carta Agrícola da Região de Colares, publicada em 1938 pela "Repartição de Estudos, Informação e Propaganda do Ministério da Agricultura e pela Adega Regional de Colares" (2 folhas) - pedimos desculpa peça qualidade da digitalização/fotos que procuraremos melhorar e republicar:






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