A GAZETA SALOIA

No final de Julho tivemos oportunidade de viajar um pouco à "anos 70" pelo "Portugal profundo". Um dos locais de paragem foram as Minas da Panasqueira, onde de há uns anos a esta parte, e com períodos de "travagem", se tem vindo a fazer um esforço de requalificação de parte das antigas minas. Uma pequena parcela desse trabalho está feito, com a transformação da zona das antigas lavarias em apartamentos para lazer e uma Pousada da Juventude activa (ver post anterior sobre as Pousadas de Juventude). Algumas fotos da área: Aldeia de S. Francisco Assis Minas Barroca Grande Na Pousada Já na povoação de Barroca Grande nos deparámos com alguns símbolos religiosos menos comuns: Mas foi a alguns poucos quilómetros, já na serra, que encontrámos o santuário dedicado a Cristo Operário:

Na sequência de post anterior sobre a FAPIR-Frente dos Artistas Populares e Intelectuais Revolucionários, publicamos agora apontamentos de mais um dos seus boletins - o n.º 4, de Abril de 1977: Na foto acima é possível ver bem o nosso saudoso amigo Zé Manel "da MESSA", do Grupo de Teatro de Mem Martins - 1.º do lado esquerda, com capacete (julgo que esta fotografia foi tirada frente ao RALIS no 11 de Março de 1975). A propósito do igualmente saudoso Carlos Gil, conheci recentemente na FNAC um DVD designado "A revolução de Abril de Carlos Gil", datado de 2010, autoria de Adelino Gomes e produção e realização de Ivan Dias - a não perder, mais dia menos dia esgota e nunca mais teremos oportunidade de o "apanhar". Sobre "O Bando" - grupo aderente da FAPIR formado por João Brites logo após o 25 de Abril que se sediou no concelho de Sintra, ainda hoje, felizmente, em actividade - falaremos oportunamente. Uma das acções de maior relevo da FAPIR foi sem...

O grupo de teatro "Os Cintrões", da associação de trabalhadores da Câmara Municipal de Sintra CCDS, esteve ontem em Coimbra a apresentar de novo a sua peça "Na saúde e na segurança não pense pela sua pança... os gordos também caem!". A peça foi apresentada no auditório da Escola Superior de Tecnologias de Saúde de Coimbra, no âmbito do seminário "Segurança e saúde dos trabalhadores das autarquias", promovido pela referida escola e pela ACT-Autoridade para as Condições de Trabalho enquanto Ponto Focal nacional da Agência Europeia para a Segurança e Saúde do trabalho. Esta peça foi escrita pelo encenador do grupo, Gil Matias, para o "Congresso SST Sintra 2011", ocorrido no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, no passado dias 25 a 27 de Outubro.

Já no rescaldo da revolução do 25 de Abril e do PREC, em 1976/77 surge a FAPIR - Frente dos Artistas Populares e Intelectuais Revolucionários, com sede ("provisória") na Casa da Comuna, na Praça de Espanha. Esta plataforma, como agora se dirá, datava já do final de 1975, com a designação PRÓ-FAPIR (CORREIA, Mário - Música Popular Portuguesa-Um Ponto de Partida. Coimbra: CentelhaMundo da Canção, 1984 - ver digitalização no final). Tanto quanto me recordo - socorro-me essencialmente da minha (fraca) memória pessoal de algumas reuniões em representação do GTMM-Grupo de Teatro de Mem Martins Cooperativa Cultural no casarão cor-de-rosa, já que a biliografia é muito escassa -, ela agrupou muitos dos designados "cantores de intervenção" (p. ex. Sérgio Godinho, Fausto, Pedro Barroso, Carlos Guerreiro, GAC, José Mário Branco - como de costume o grande impulsionador da organização dos "artistas de variedades", como mais tarde veio a teorizar na UPAV-União Portuguesa...