Começava no início do mês de Dezembro com a apanha do musgo na serra da Maria Dias ou no Penedo de Cortegaça e, quando nesse último local, acompanhada também da recolha da Gibraldeira ("Javardeira") e de outras flores secas, que poderiam vir a ser pintadas caso o "orçamento" desse para as tintas.
Já no canto da casa onde ficaria o presépio, armava-se primeiro a cabana do Menino Jesus - geralmente uma caixa de cartão forrada com palha no exterior, com uma estrela recortada em prata (o invólucro de alguma bolacha de chocolate) no seu topo e "palhinhas" brancas (de uma caixa de bolos do ano anterior) para a cama do Menino.
No interior da cabana eram então colocados o boi e a vaquinha por detrás do próprio Menino Jesus, que era ladeado pelos seus pais, José e Maria.
Da cabana saía uma estrada em areia/saibro que percorria sinuosamente uma boa parte do presépio, demarcada aqui e além por "árvores" de "flor de musgo". A estrada tinha obrigatoriamente dois percursos: um que acedia ao moinho - colocado sobre uma pedra revestida de musgo, simulando o relevo da serra onde situava -, e o outro terminando num lago.
O lago era um espelho velho também coberto de musgo na sua envolvente, sobre o qual eram colocadas duas peças não muito condizentes - quer no seu material de construção, quer na escala - com as outras figuras do presépio: um peixe branco com guelras vermelhas e um cisne vermelho, ambos em plástico.
Ao longo da estrada principal - a que conduzia à cabana -, eram dispostas a maioria das figuras - os 3 reis magos (na realidade eram apenas dois, o terceiro comprei-o não há muito tempo), os pastores e as outras figuras menos conhecidas. Pela restante área do presépio eram dispostas as ovelhinhas e outras figuras também pouco convencionais (um bambi em plástico, por exemplo).
Já há alguns anos que não "monto" o presépio (e ainda não será este ano, pelos vistos), mas tenho vontade de "arejar" as suas peças principais:
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