domingo, 14 de junho de 2009

Serra de Sintra Passeios Pedestres, 2

Serra de Sintra Passeios Pedestres
2. Parque da Pena



Duração: 4h. Extensão: 8km. Vegetação: arbórea . Autocarros: Sintra-Monserrate; Sintra-Pena



Descrição do Passeio

O Parque da Pena é a zona mais interessante da Serra de Sintra pela variedade de espécies botânicas que aí forma introduzidas e panoramas que permite, dominado sempre por essa pérola do romantismo que é o Palácio da Pena. Os pontos principais a visitar estão indicados no mapa mas é recomendável fazer-se acompanhar seja do "Guia de Portugal" da Biblioteca Nacional de Lisboa (1924), seja, mesmo, o estudo dendrológico - florestal "Monografia do Parque da Pena" de Mário de Azevedo Gomes (1960). No entanto atrevemo-nos a deixar aqui uma proposta.

O acesso ao Parque pode-se fazer quer pela Entrada dos Lagos (2), quer pela Entrada Principal (2) no cimo da estrada de São Pedro. Em seguida à visita ao Palácio, vá até Santa Eufémia (3), ponto de vista notável com a capela e festejos do primeiro de Maio; daí, passando pelo Gigante (4), suba até à Cruz Alta (7), ponto máximo da Serra. Encha bem os olhos, respire do Cabo Espichel à Ericeira, lembre-se que há 90 milhões de anos atrás não havia serra mas antes um cálido mar de baixios que de Lisboa se estendia até aos restos de uma massa continental agora desaparecida sob o mar, e de que as Berlengas, mesmo por de trás do horizonte norte, são um resto. Recorde o que terá sido a ascensão desta massa granítica, quebrando e soerguendo as rochas sedimentares do fundo desse mar desaparecido. Mais tarde poderá visitar os mármores de Pero Pinheiro, observar os estratos verticais na Praia Grande, constatar sobre um mapa que os acidentes geológicos de Sintra, Sines e Monchique estão alinhados, e deixar que a curiosidade científica se apodere de si.

Depois disto descubra um pequeno carreiro que desce da Cruz Alta entre o arvoredo por vezes, sob os penedos que o levará até ao Lago da Preta (15) e Lago de Cascais (16). Não incomode os tritões que, quais lagartos aquáticos, o observam, não saia dos trilhos e caminhos, respeite o santuário natural que atravessa. Dirija-se ao Alto do Chá (22), passe sobre a estrada Pena - Capuchos, observe a lenta ruína em que se está transformando o chalé da Quinta do Mouco, pense escrever um artigo para um jornal regional propondo o seu aproveitamento (um albergue, uma casa de abrigo?). Volte a passar sob o Arco do Mouco, e visite o resto do Parque em direcção aos Lagos (10).

Ah! E que belos passeios nocturnos o Parque proporciona em noites de Lua Cheia...




Sem comentários:

Enviar um comentário